ausência

Falta de merendeira afeta rotina de escola em Santa Maria

Gilson Alves


Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Na Maria de Lourdes Castro não faltam alimentos, mas não há quem prepare as refeições

Os alunos da Escola Municipal Maria de Lourdes Castro ficaram sem merenda, nos últimos dias, pela falta de quem preparasse os alimentos. O colégio, localizado na Vila Maringá, no Bairro Diácono João Luiz Pozzobon, não conta com merendeira desde o final de junho. Num primeiro momento, a solução foi deslocar funcionários de uma empresa terceirizada para cumprir a função, mas, depois, a empresa suspendeu essa solução emergencial. A escola atende um total de 570 alunos, do Maternal 2 até o 9º ano do Ensino Fundamental, na faixa dos 2 aos 15 anos.

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A diretora do colégio, Silvana Guerino, reconhece o problema e diz que busca soluções. 

- Infelizmente, nós tivemos, sim, uma dificuldade, nos últimos dias. Interrompemos a oferta do lanche, pela manhã e pela tarde, justamente porque nós não tínhamos quem manipulasse a merenda. Durante esse período, mantivemos contato direto com a Secretaria de Educação, que nos informou que, ainda no mês de julho, teremos mais funcionários para atender as demandas de nossa escola - explica a diretora.

Ainda conforme Silvana, com uma solução paliativa, a merenda voltou a ser fornecida na quinta-feira. A escola possui o Projeto Mãos de Mãe, por meio do qual voluntárias, todas com alguma relação com os alunos, colaboram, preparando lanches e refeições, além de fazer a organização e o armazenamento de alimentos. No entanto, o projeto não visa suprir, completa e definitivamente, às demandas da merenda escolar. Alguns alunos também têm levado lanche de casa.

A secretária de Educação, Lúcia Madruga, comenta que o Executivo tem trabalhado para resolver o problema.

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- Nós estamos fazendo o encaminhamento de um edital para contratação de uma empresa que forneça esse serviço. Enquanto isso, a gente tenta resolver com o quadro de merendeiras do município, que é defasado em relação à necessidade. O que a gente faz é atender as demandas mais críticas, equacionando dentro do possível. Não é algo que consigamos resolver imediatamente - revela a secretária.  

De acordo com a titular da pasta, algumas carências verificadas neste momento não são atuais e, sim, são deficiências históricas. No início de 2018, o principal problema era a falta de professores e, hoje, a secretaria busca resolver a falta de merendeiras.

TERCEIRIZAÇÃO
A empresa Sulclean, que presta serviço à prefeitura, aponta que, no contrato firmado com a Secretaria de Educação, são contemplados apenas profissionais para a função de auxiliar de limpeza. A empresa preferiu não se manifestar oficialmente, mas, em resposta ao Diário, informou que desconhece e repudia qualquer desvio de função - auxiliar de limpeza desempenhando função de merendeira. Nos próximos dias, a empresa fará uma sindicância para averiguar as informações sobre o caso. 

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EM OUTRA ESCOLA 
A merenda também virou assunto na Escola Municipal Ione Medianeira Parcianello, localizada no Bairro Tomazetti. Segundo a mãe de um aluno, há problemas com a alimentação no colégio, que não estaria atendendo às necessidades dos alunos.  

A coordenadora pedagógica dos anos iniciais, Kátia Resende Rodrigues, garante que não há falta de alimentos. As refeições são feitas de acordo com a verba disponível, e nem sempre é de agrado dos alunos, pois há variações entre lanches, almoços e frutas, conforme a demanda do dia. 

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